terça-feira, 29 de abril de 2014

Entrevista Rodrigo Ribeiro

Olá galera vamos bater um papo com o guitarrista e professor Rodrigo Ribeiro um excelente profissional admirado por muitos em nossa região. Guitarrista natural de São Paulo/SP, filho de músico e artista plástica, desde cedo esteve em contato com a arte, principalmente a música.

RODRIGO RIBEIRO   

ATG - Rodrigo Ribeiro atualmente você toca em algumas bandas e em alguns projetos conte-nos como foi o seu início?

Rodrigo Ribeiro: Bom, hoje em dia além das aulas eu escrevo para a revista Guitarload e toco no Alien Groove (trio instrumental), na Banda Fórmula 2 (casamentos, formaturas...), no trio acústico "Os Três"(classic e pop rock) e tenho um duo com a cantora Priscila Novais (Mpb). Comecei a tocar violão com 9 anos.Aos 12 ganhei minha primeira guitarra (uma Tonante Strato) e a partir dai não parei mais!!Aos 15 anos comecei a levar a sério e estudar bastante!
ATG - Quais suas principais influências musicais? O que você tem ouvido ultimamente?
Rodrigo Ribeiro: Minha principal influência foram os Beatles. Foi através da música dos Beatles que eu me apaixonei pela música, ainda na infância. Posteriormente vieram Deep Purple, Black Sabbath, Queen, Hendrix, Iron Maiden, Judas Priest e todas estas bandas maravilhosas dos anos 70 e 80. Hoje em dia escuto de tudo (música boa é claro!)!Tower of Power, Freak Kitchen, Scott Henderson, Gary Moore, Cosmosquad, Rush, Pantera, Megadeth, SOAD, RATM, Wayne Krantz, John Scofield, George Benson e mais uma infinidade de sons maravilhosos!
ATG - Alguém te incentivou e contribuiu para o seu desenvolvimento?
Rodrigo Ribeiro: Minha família sempre me apoiou o que facilitou muito pra mim! Meu pai era músico profissional, dava aulas também e tocava com muita gente. Infelizmente ele faleceu quando eu tinha apenas quatro anos. Todos meus professores foram fundamentais para que eu me tornasse um músico. Além das aulas fantásticas que eu tive com cada um deles a admiração que eu tinha por eles fez com que eu quisesse me tornar um professor também!
ATG - Quando você começou a tocar profissionalmente, como foi?
Rodrigo Ribeiro: O primeiro show remunerado que eu fiz foi no ano de 1993!Foi com a primeira formação da banda Agla. Tocamos em um Pub em Jundiaí/SP. Dai pra frente não parei mais! Foram inúmeras bandas, dentre elas Second Heaven, Lexojam, Jumping Jack, Arquivo Rock, Barão Vermelho Cover, Alien Groove e etc...

ATG - Para você o que é música de qualidade e quais os elementos essenciais para que se faça uma arte com qualidade?
Rodrigo Ribeiro: Bem, gosto não se discute... Acredito que a arte deve ser feita com amor, verdade e sensibilidade. Arte feita desta forma sempre terá qualidade independente de agradar ou não!
ATG - Qual a sua formação musical?
Rodrigo Ribeiro: Estudei violão com o mestre Frederick Carrilho, posteriormente estudei guitarra com o Edu Ardanuy, Michel Perié e Henry Ho. No ano de 1999 me formei no IG&T com o professor Edu Ardanuy. No ano 2003 me formei em “Linguagem e Estruturação Musical” com o professor Ednilson Lazzári (EM&T) e em 2006 tive aulas com o Mozart Mello e me formei novamente no IG&T(EM&T), desta vez com especialização em “Fusion” com o prof. Alex Rodrigues. Participei também de muitas master classes com guitarristas fantásticos como: Michel Leme, Joe Moghrabi, Marcio Okayama, Kiko Loureiro entre outros.
ATG - Como é sua metodologia de ensino, é própria?
Rodrigo Ribeiro: Leciono profissionalmente desde 1997 aqui na cidade de Indaiatuba/SP. Nestes anos fui desenvolvendo minha metodologia e aprimorando minha didática. Minhas aulas são personalizadas. Trabalho em cima dos objetivos e necessidades do aluno. Montamos um roteiro que atenda as suas necessidades e em cima disso elaboramos um cronograma a ser seguido. Quando o aluno “compra a briga” à mágica acontece!
ATG - Para ser um bom professor, o que é necessário?
Rodrigo Ribeiro: Eu acredito que para ser um bom professor você precisa amar lecionar! Ter o prazer de ensinar e vibrar com cada conquista do aluno. Mas é claro que só isso não basta! Tem que ter uma boa formação para poder passar um conteúdo de qualidade para o aluno. Paciência é um pré-requisito básico para este ofício, além de saber lidar com pessoas de todos os tipos!
ATG - Quando você começou a estudar, pensava em ser professor?
Rodrigo Ribeiro: De forma alguma! Estudar guitarra era minha diversão! Adorava estudar música e não tinha ideia que um dia eu trabalharia com isso. Eu queria ser astronauta, mas não deu... rsrsrs
ATG - Qual a sua dica para os músicos que estão iniciando?
Rodrigo Ribeiro: Estudar até evaporar! Quer ser Músico? Então estude! Se você não sentir prazer em estudar, tem alguma coisa errada...
ATG - Para finalizar, deixe uma mensagem para os leitores e os seus contatos para quem quiser conhecer um pouco mais do seu trabalho!
Rodrigo Ribeiro: Primeiramente gostaria de agradecer ao ATG pelo espaço e oportunidade! Agradeço a todos que curtem e acompanham meu trabalho e ao pessoal que me apoia (Guitarras Cast, Paes Luthieria, Estúdio Elite, Site Conexão Guitarra, Revistar Guitarload e a loja Transa Som Instrumentos Musicais). Quem quiser conhecer um pouco do meu trabalho pode visitar meu site rodrigoribeiroguitar.webnode.com e ficar por dentro de todos os meus trabalhos! Mas uma vez obrigado mesmo Ricardo pela oportunidade e vida longa ao ATG! Abraços


WorkShop JUNINHO AFRAN


Fala galera das seis cordas!!!

É com grande prazer que venho divulgar esse grande evento produzido pelo meu brother Jonatas Bernardes. A abertura estará a cargo do guitarrista Mauricio Alabama. Haverá sorteios de brindes muito bacanas, como por exemplo, pedais Fire Custom. O evento acontecerá na cidade de Indaiatuba-SP. Aos interessados, podem entrar em contato conosco via comentários que passaremos mais detalhes.

Vamos prestigiar e apoiar o evento com cobertura do ATG! Vlw!!!





domingo, 27 de abril de 2014

Ricky Furlani!

Creio que toda pessoa tem um sonho, um ideal a ser alcançado. Com certeza, ao idealizar esse blog eu também tinha alguns. Ajudar músicos iniciantes, abordar temas que geram dúvidas, como qual equipamento escolher, o que estudar, mas também sempre sonhei em poder contar com a presença de músicos que são ícones no universo das guitarras. Ricky Furlani, é considerado um dos principais guitarristas de rock e blues do país e com certeza, é influencia para muitos guitarristas no Brasil. 



Formado pelo MUSICIANS INSTITUTE (Los Angeles/EUA), dono de uma pegada visceral, timbres únicos e arranjos peculiares, Ricky nos faz viajar por sonoridades distintas, mesclando nuances modernas com vintages. É professor de guitarra e ministra suas concorridas aulas em Campinas, colunista de revistas especializadas e autor de vários métodos de Rock e Blues.


"TALKING" foi meu primeiro contato com a música de Ricky, na época comprei uma pedaleira em uma loja e ganhei de brinde o cd "NIG EVOLUTION" com músicas de vários gigantes das seis cordas como Juninho Afram, Kiko Loureiro, Sydnei Carvalho... Mas aquele timbre de "talking" me chamou a atenção e fez com que eu procurasse outras matérias de Ricky e também foi uma das primeiras músicas instrumentais que tentei tirar, pois haviam disponíveis no cd backing track's das faixas sem guitarra. 
Como eu citei no principio do post, essa pequena entrevista é a realização de um sonho de um cara que além de grande fã do trabalho desse guitarrista, também foi influenciado pela sua arte.

Obrigado pela oportunidade Ricky, e vamos lá!


ATG - Ricky, quando começou sua relação com a música e a guitarra?

Ricky - Foi com instrumentos musicais de brinquedo, e aos 08 anos ganhei uma citara destas de feira de artesanatos e a guitarra logo em seguida com a explosão do rock no Brasil no começo dos anos 80.
 ATG - Como foi estudar no Musicians Instuitute (Los Angeles)? O que te fez tomar a decisão de estudar fora do pais?

Ricky - Experiência única, conhecer gente do mundo todo, tocar com grandes músicos e professores. A motivação veio por ter a oportunidade de ir, e sede de acesso à informação, que era escassa.

ATG - Ao ouvir seus trabalhos instrumentais e com a SuperOverdrive a "veia bluseira" de seu som é evidente. Quais são suas influencias, e quais os passos trilhou em seus estudos para chegar a um nível tão alto musicalmente?

Ricky - Tenho muitas influências, desde o começo de tudo no começo dos anos 80. A gente é tudo que escuta e gosta. Quanto mais estilos e músicos diferentes escutar mais diversificado e cheio de informação seu som vai ter. Me dedico muito para ser cada dia melhor que o outro.

ATG - Quem curte seu trabalho está acostumado a vê-lo, na maioria das vezes, empunhando uma LP. O que mais lhe chama atenção nesse modelo?
 
Ricky - A Les Paul tem um som que só ela tem. Ouvi muito guitarristas que tocam de Les Paul, como Gary Moore, Peter Frampton, Jimi Page, Warren Haynes, a Les Paul faz parte da minha vida. Aprendi a tocar guitarra desde menino usando uma Les Paul velha e surrada na casa do meu amigo
e antigo professor Hélio Valverde. Muitos anos depois em 1999 ele me vendeu ela. E é ela que está comigo até hoje. Guitarra muito especial na minha vida.

ATG - Qual o seu setup atualmente e como surgiu a ideia da parceria com a Petinatti Custom Guitars?

Ricky - Uso os pedais NIG, cordas NIG Ricky Furlani, e Amplificadores Gato Preto. Tenho muitos equipamentos, e nem sempre eles são os mesmos para estúdio e ao vivo. Ao vivo você precisa ter praticidade, e tudo depende  de onde e o que está tocando, no estúdio você tem tudo ao seu dispor. Conheço o Igor a muitos anos, e ele sempre foi meu luthier preferido! Quando surgiu a idéia de uma STRATO me animei, pois STRATOCASTER também tem um som único. E a uso cada vez mais, dependendo da GIG é ela que eu levo!



ATG - Você é um músico muito ativo, com aulas e vários trabalhos em paralelo, como faz para conciliar uma agenda tão extensa? 

Ricky - Não sou muito organizado. Me adapto à minha agenda, e faço o melhor possível.
 
ATG - O trabalho Fuzz Up apresenta um lado totalmente diferente de sua musicalidade, deixando evidente seu domínio com vários estilos e pegada distintas. Como surgiu a ideia desse trabalho?

Ricky - Fuzz Up tem Sandro Feliciano(P-Funk, Airton Moreira) na bateria e Philip Bynoe (Steve Vai) no baixo. Esse disco representa minhas composições atuais. Outros baixistas que participaram foram Andrés Zuniga, Gustavo Boni, Lineu Andrade e Bruno Buzzo.

Para informações sobre compra visitem www.rickyfurlani.com

ATG - Qual o conselho pode deixar para a galera que está começando na música e que lhe vê como exemplo a ser seguido?

Ricky - Leia livros e escutem música! Saia do comum, mude de canal, mude a conversa, conheça pessoas novas e diferentes, e desligue a TV pra variar. Tenha um objetivo, uma meta, um sonho! E corra atrás!




segunda-feira, 21 de abril de 2014

Marc Snow!

E depois de tanto tempo sem postagens novas, estou muito feliz pelo retorno, e agora com força total. E como não podia deixar de ser, voltamos em grande estilo!


Marc Snow  é um dos guitarristas brasileiros que mais admiro na atualidade, não só pela técnica e musicalidade, mas pela iniciativa de dividir um pouco de seu amplo conhecimento com a galera das seis cordas. Snow me chamou a atenção a partir de sua série de vídeos referentes técnicas e aplicações sobre escalas pentatônicas.


Aulas muito bem explicadas e funcionais e que vão direto ao ponto, sem "rodeios". Vídeos que chamam a atenção pela qualidade de produção e edição, além de disponibilidade de Tab's em todos eles. Uma ótima ferramenta para a galera que deseja ampliar seus horizontes dentro de uma escala muitas vezes subestimada por guitarristas mais "experientes".


Outra série muito bacana é a "BOM DIA, GUITARRISTAS". Com o intuito de disponibilizar um exercício de estudo diário com várias abordagens distintas para que o guitarrista possa aprimorar suas técnicas.


Abaixo segue uma entrevista muito bacana que Marc nos concedeu:

ATG - Quem é o guitarrista Marc Snow?

Marc - Um cara muito aficionado pela guitarra, que vem tocando à quase três décadas e que continuará tocando enquanto estiver vivo!

ATG - Marc, como começou sua relação com a música e guitarra?
Marc - A veia da música vem da minha família por parte de mãe. Meu avô tocava piano, orgão, saxofone, violão, acordeon e bateria.
Minha mãe tinha um antigo violão Digiorgio em casa, que el a arranhava
 às vezesAté meus 11 anos eu era o tipo do cara que não fazia nada, não curtia esporte, música nada...
Aí, um belo dia eu vejo um anúncio na tv de um baterista espancando a bateria em cima de um tanque de guerra dando tiros e um cara cantando que parecia um demônio... Era a chamada para o show do Kiss no Brasil em 1983.
Eu passava o dia inteiro na frente da tv esperando passar o anuncio de novo. Não fui no show pela pouca idade. Mas vi o show na televisão. Naquela época não havia evento desse porte no Brasil... e eu sabia que ali estava tudo o que eu queria fazer da minha vida.

Com isso, comecei a comprar todos os discos que havia do KISS e comecei a tentar reproduzir tudo no violão, sozinho, de ouvido, pois não tinha quem ensinasse e nem veículos para isso como tem hoje pra criançada: internet, youtube, guitar pro...

ATG - Quais são suas principais influencias?
Marc - Ace Frehley foi a minha maior influência no começo. Sei tudo da época dele no KISS. Depois mais tarde, fui saber que Paul Gilbert, Marty Friedman e Dimebag Darrel estudaram e tiraram tudo dele também quando tinham a minha idade (pena que os três tiveram sorte na vida e eu não).
Assim como o Kiss e com o gosto pelo Hard Rock (estilo o qual curto até hoje), surgiram outros guitarristas que ouvi bastante como Warren De Martini (Ratt), Derek Frigo (Ex- Enuff Z'nuff), Vinnie Vincent (KISS), Jake E. Lee (Ex - Ozzy Osbourne) e Steve Stevens (Billy Idol).




ATG - Você é um guitarrista muito técnico, e consegue aliar muito bem velocidade e precisão. Como foi seu processo de aprendizado (professores, escolas)?
Marc - Bom, primeiramente, não me acho muito técnico e NÂO consigo aliar muito bem velocidade e precisão, apesar de gostar muito e admirar quem consegue.
Com certeza pela falta de oportunidade, e pela escolha de uma fonte de renda mais segura, num país onde não se valoriza arte e criação, especificamente falando aqui de música.
Como falei anteriormente, comecei a tocar de ouvido. Antes de comprar a primeira guitarra tive uns dois meses de aula com uma "professora de música, formada, professora de violão" que, depois de tentar tirar um dedilhado do KISS (fiz um teste com a mulher) e não conseguir, mandei ela passear!
Depois fui ter aulas com um cara que adorava blues mas ME PEDIU para tirar para ele uma passagem de uma música do Celso Blues Boy que ele não conseguia tirar! Foi pro saco também. Depois tive umas quatro aulas com o Alex Martinho isso no inicio dos anos 90, e foi isso: Passei a comprar e copiar tudo o que era video aula da REH Music e estudar.

ATG - Qual o seu setup de guitarras e efeitos atualmente e qual o caminho trilou para chegar até ele?
Marc - Hoje meu setup consiste em duas Jacksons U.S.A. (uma Soloist SL2H Transgreen e uma Randy Rhoads Lightning Sky). Para gravar uso um rack da Fractal Axe FX II e tenho alguns pedais. Meu amp é um Peavey Triple X 100watts com uma caixa 2x12 da Randall.
O caminho foi bem árduo até chegar aqui. Minha primeira guitarra foi uma Tonante, depois foi uma Gianinni Super Sonic, depois uma Dolphin. Em 1992 comecei a trabalhar e comprei minha primeira Jackson, uma Soloist XL Professional. Junto com essa ultima tive ao mesmo tempo uma RX10, e uma Dinky Pile o' Skulls. Ao mesmo tempo tive três Les Paul's pelo fato de ter uma Kiss Cover na época fazendo Ace Frehley na banda: Uma Epiphone ace Frehley Signature, uma Condor CLP II e uma Phoenix apenas para soltar fumaça durante o solo do Ace Frehley no show.
Quando vim para São Paulo em 2007, vendi tudo. Depois comprei as duas USA mencionadas à cima.
Pedais são compra e venda constantes. 

ATG - Em seus vídeos, observamos a presença constante de guitarras Jackson. Qual a sua relação com a marca e quais as características lhe atraem nessas guitarras?
Marc - A relação com a marca é de amor unilateral (da minha parte no caso), pois ja vi cada "ser" sendo "endorser" por acaso e não ter nem a décima parte dessa obsessão que tenho, muito menos competência. Mas esse assunto de endorser é longo e, no Brasil, como a maioria das coisas, não é levado de forma séria.
O que me atrai nas Jacksons U.S.A. é a espessura do braço, a escala em ébano, o neck binding, a Floyd Rose U.S.A. e o design do headstock (que foi a paixão à primeira vista.) Mas a tocabilidade de uma Soloist é fenomenal.

ATG - O que gosta de ouvir nos momentos livres?
Marc - Na verdade eu escuto o que sempre escutei desde que comecei a gostar de música e tocar guitarra: Hard Rock e Metal (em menos quantidade). Alguns guitarristas em trabalhos solo também, pois é onde eles conseguem mostrar mais sua técnica e composição sem se prender a uma banda.
O que é interessante é você ter o "ouvido de aprendiz" e não o ouvido de leigo. No primeiro, você vai desfrutar da musica estando focado no que o guitarrista está fazendo, quais as técnicas está utilizando, etc...

ATG - Sua atitude de "perder" um pouco de seu tempo com vídeos didáticos para guitarristas que pretendem ampliar seus conhecimentos é extremamente louvável. Seus vídeos tem explicações muito claras com assuntos totalmente funcionais para quem está em busca de novos horizontes em seus improvisos e fraseados. Como surgiu essa ideia?
Marc - Essa ideia surgiu da vontade de ensinar e principalmente "compartilhar". O mundo de hoje é extremamente competitivo, não há dúvida disso. Mas não é o fato de você, passando conhecimento nessa área, que vai fazer com que pessoas saibam mais que você e "tomem seu lugar".
Até porque, guitarristas bons estão surgindo a cada minuto no anonimato.(Ao mesmo tempo que guitarristas não tão bons ou expressivos, digamos assim, tem aceitação com uma marca, chamam atenção em algum canal, simplesmente porque participou de um concursinho onde, ao invés de ser julgado por composição, destreza, técnica, versatilidade, etc... é julgado por likes num vídeo que podem ser dados por toda sua família, amiguinhos da escola, contas falsas, sub4sub, etc...)
Então não existe "fulano vai tirar o lugar de cicrano", apesar de ainda você ver gente que não dá aula, nem, mesmo recebendo por isso, para não divulgar a "sua técnica única, incomparável e divina". Desculpe o termo mas é ridículo.
O que eu puder fazer para compartilhar estarei fazendo. sempre!

ATG - Qual sua abordagem didática como professor?
Marc - Na verdade, eu tento explicar o pouco que sei, da forma mais "esmiuçada" possível, afim de que possa passar ao aluno ou ao colega guitarrista, a mesma informação que é jogada de forma igual e repetida inúmeras vezes na internet. Quando mais "coloquial' for a abordagem, mais pessoas conseguirão tirar proveito da informação. 

ATG - Em sua opinião, qual a importância do timbre de guitarra para o músico?
Marc - Na minha opinião, o timbre do guitarrista deve condizer com o estilo que ele está tocando, e ele deve conseguir isso utilizando o bom senso.
Lógico que existem vários fatores que influenciam o timbre como um bom setup, cordas boas e sempre novas, cabos de boa qualidade, a atenção à cadeia de sinal, etc...
Agora, como falei à cima, sempre utilizando o bom senso, o músico deve procurar regular seu timbre de forma lenta e paciente, estudando frequências, para que se aproxime ao máximo ao som que deseja.

ATG - Além dos vídeos, participa ou já participou de trabalhos com bandas?

Marc - Sim. Toquei muitos anos com uma banda, ainda no Rio que foi do fim dos anos 80 aos meados dos anos 90. A banda tinha um projeto paralelo como Kiss Cover. Depois participei de uma Poison Cover e uma L.A. Guns Cover. Montei mais uma banda fazendo um projeto autoral com o meu nome para ver a saída. O cd seguinte à esse projeto foi a minha banda, SNOW, de hard rock, onde assinei um contrato com uma gravadora na Inglaterra que distribuiu o cd em toda a Europa. Mas ao vir para São Paulo a banda se desfez. Como era eu quem compunha tudo, a banda até tentou continuar sem mim, mas, sem 99% de representação ativa, como iria continuar?
O cd você ainda encontra na internet a venda em sites como Ebay, etc...

ATG - Quais as dicas que pode deixar para aqueles que estão começando no meio musical e se espelham eu seu trabalho?
Marc - Estude, sempre, sem achar que já é o suficiente. Procure sempre aproveitar algo de outros guitarristas, mesmo que não seja o estilo que você curte.
Não se abata pelas injustiças que ocorrem no meio da música, pois existem, e em grande número e grau.
Procure pessoas sérias para se espelhar, músicos sérios, não crianças com pouca bagagem e aparição em um evento anual apenas.
Procure pessoas que te ajudam, que compartilham conhecimento, que SOMAM, e não aquelas que segregam pois tem o rei na barriga.
No nosso país não existe mainstream, portanto, tirando uma boa minoria, estamos todos no mesmo barco. Isso é o que muitos não entendem!


sábado, 5 de abril de 2014

Banzai galera!!! Estamos de volta!!!

Estou muito feliz, pois mesmo sem postagens nos últimos 3 anos, pude observar que os acessos não diminuíram, pelo contrário, só aumentarão. Infeliazmente a falta de tempo e a correria no trabalho fizeram com que eu deixa-se esse projeto de lado, mas agora vamos voltar com tudo! 

Novos testes, novas matérias, novas idéias, anúncios de equipamentos e também um novo colaborador!

Seja bem vindo em nosso time Ricardo Ferreira! Que possamos transmitir o entrosamento de nossa amizade para esse blog.  



Que esse ano seja abençoado galera, que possamos ampliar nossos conhecimentos e realizar nossos projetos!


HERE I GO AGAIN!!! \o/