sábado, 26 de fevereiro de 2011

Washburn Lyon Series - Review.

Fala galera!!!

As férias definitivamente acabarão, e com isso o tempo ficou ainda mais curto para nossas famosas coroçadas, e como fazer um review legal de uma guitarra sem testa-lá?
Essa semana estava eu conversando com meu brother “cabeça”, e nessa conversa, ele compartilhou que foi acompanhar um amigo na compra de uma guitarra. Fazer esse tipo de coisa é bem legal, pois qual músico não gosta de estar em uma loja de instrumentos musicais? Eu particularmente gosto muito, porém as vezes essas ocasiões podem ser meio chatas. Isso porque quando alguém que está começando a tocar te chama para dar sua opinião sobre um instrumento legal para compra muitas vezes pensa que você vai chagar na loja, olhar aquela guita novinha que esta dependurada na parede e dizer – Essa é perfeita, pode levar. O problema é que na maioria das vezes, a pessoa que esta iniciando seu “ciclo guitarristico” não quer investir muito, e sim comprar algo mais acessível. Sendo assim é difícil pra quem tem mais experiência no assunto indicar um instrumento novo, quando tem a oportunidade de encontrar algo usado de melhor qualidade.
O fato é que o termo “usado” pode assustar algumas pessoas (pelas muitas vezes que fui um desses acompanhantes vi isso acontecer), pois acham que o novo é sempre mais garantido, é livre de falhas e que terá uma vida útil bem maior que um instrumento de segunda ou terceira mão. É ai que mora o perigo!!!

Mais porque bulhufas eu escrevi tudo isso?

O Léo, nosso primeiro professor de guitarra, que já foi citado aqui no ATG em outras ocasiões nos deu um ensinamento muito interessante, e nós experimentamos essa experiências em nossas primeiras “guitarras de verdade”. E em uma dessas experiências nos deparamos com uma tal de “Washburn série Lyon’, guitarra qual gostaria de escrever algumas linhas.


Lyon customizada do cabeça. meritos para o incrivel luthier ZABOTO FILHO

Versátil ao extremo, é uma excelente opção para aqueles que procuram uma guitarra leve, confortável e com um visual bem atraente. O braço em marfim garante resistência e conforto, além de ajudar na captação de agudos, garantindo aquele estalado gostoso também é muito bonito.
A guita em questão é um modelo mais antigo das “Serie Lyon”, que por sinal são as melhores. Diferente das mais novas que são feitas de compensado de madeira, o que não é legal para a construção de um corpo, as Lyons construídas no início dos anos 90, possuem o corpo construído de “Soft Maple”, madeira que ajuda na captação de agudos, mais que não deixa a desejar na hora que você precisa extrair um som mais encorpado.
Os cap’s, são um humbucker Washburn 621 na ponte, que se mostra bem agressivo com distorção e tem boa captação de médios, e dois single’s que infelizmente não consegui identificar o modelo, mais que proporcionam um som bem aveludado, principalmente quando a chave seletora de 5 posições é usada na penúltima posição. Ponte / Tremolo ajustável String Thru, um controle de volume e dois controle de tom.
O ponto fraco fica na qualidade das tarrachas, que não são muito confiáveis.

Resumo: é difícil pensar em uma melhor guitarra em sua faixa de preço, pois lida com todos os estilos de música, deixando o guitarrista livre para decidir qual o estílo tocar. Ótima aquisição!!!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Review CD - Sting in the Tail - Scorpions

Hoje eu acordei disposto a ouvir algo novo, que me empolgasse a escrever algo legal, já que já faz algum tempo que não posto nenhum review de um cd legal aqui no ATG.
O interessante é que não sei se posso chamar "Sting in the Tail - Scorpions" de algo novo. Primeiro porque o disco que segundo a banda será o fim da linha da carreira vitoriosa dos monstros Alemães, foi lançado lá em Julho de 2010 e segundo porque esse cd, diferente do que ocorreu com "Humanity: Hour 1", o antecessor de Sting in the Tail, onde a banda mudou de ares e resolveu arriscar em novas sonoridades, resgata os tempos aureos da banda no início dos anos 80, então a única coisa nova foi eu tê-lo ouvido só hoje.
Mais como eu, quem sabe você ainda não conhece também, garanto que será uma boa pedida, e se já tiver escutado e ficarei feliz em ouvir sua opinião.
Let's rock!!!



O décimo-sétimo álbum de estúdio da banda nos faz entender desde a primeira música que se trata de um úm disco dos bons, os riffs inconfundíveis de Jabs e Schenker na início de "Raised on rock" que é a primeira faixa com certeza irá te fazer entender o que estou dizendo.
Para um último trabalho, uma banda com a magnitude dos escorpiões teve que manter a linha que os consagrou, que em minha opinião, é uma escolha certa para não se comprometerem, uma espécie de "porto seguro", pois há muita coisa em jogo.
Para quem ouviu " Unbreakable", soa quase que como uma continuação com doze pedradas, sem deixar de apostar nas baladas que caracterizam a banda que estourou no mundo inteiro com " Wind of Change" e "Still Loving You". A
celebração roqueira convocada pelo excelente vocalista Klaus Meine trás "Rock Zone", "Let's Rock" e "Spirit Of Rock", músicas em que as letras fazem questão de mostrar que o rock ainda esta vivo.
A balada "Sly" tem uma história bem legal e típica dos anos 80, pois foi composta em homenagem a uma fã francesa cujo nome é Sly. O detalhe legal disso é que a ela foi batizada assim, porque, quando nasceu, a música "Still Loving You" era uma das mais tocadas nas rários do mundo todo. Seus pais gostavam tanto dessa conção que juntaram as iniciais do título para compor o nome. Na época, ele contaram isso para a a banda, que, mais de 20 anos depois, recebeu a inusitada visita da fã Sly nos camarins.
A ex-Nightwish Tarja Turunen, participa em "The Good Die Young", porém com uma discreta performance, onde a voz de Meine inesplicavelmente apaga quase que totalmente o vozeirão de Tarja.

The Best Is Yet To Come é de fazer chorar, não por ser uma música fraca, até porque é uma das minhas preferidas, onde carrega uma pegada meio country, mas porque sua letra diz um "até breve" que é como uma facada no coração dos fãs, assim como eu.



Particularmente não senti falta de nada no disco, a falta apenas será de ter a oportunidade de ver uma banda super competente com novos trabalhos para nos deliciarmos, e talvez até a ilusão de poder assisti-los um dia no Brasil, coisa que nunca aconteceu comigo...



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Leis De Formação Dos Acordes Mais Comuns

Existem fórmulas para a construção de um acorde. É extremamente saudável ter uma noção pelo menos das principais, pois você coloca o acorde certo, na hora certa e na posição que ele soa melhor quando está escrevendo algum riff, sem risco de erro Como a guitarra não possui uma seqüência exatamente definida e linear como num piano, por exemplo (existem várias notas em uma mesma Região e em posições diferentes no braço – "F" no primeiro traste da corda "E" ou no oitavo traste da corda "A"), pode-se notar que existem acordes que soam melhor quando tocados em uma determinada posição em um certo riff, enquanto o mesmo acorde, agora em outro lugar, soa horrível ou tem difícil execução (toque um G com a D, G e B soltas e depois com pestana no terceiro traste e você vai entender o que estou falando). Nesse momento entra o conhecimento da construção dos acordes. Nessa seção, irei mostrar apenas os mais comuns. Note que as fórmulas aqui mostradas estão na forma tradicional, com o baixo na tônica. No entanto, você pode colocar o baixo em qualquer nota do acorde. O que já é outro assunto chamado inversão de Acordes.

1. Acordes Maiores:


Maior: Tônica - 3ª - 5ª

Maj6: Tônica - 3ª - 5ª - 6ª

Maj6/7 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 7ª

Maj6/9 : Tônica - 3ª - 5ª - 6ª - 9ª

Maj7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª

Maj7/5b : Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª

Maj7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª


2. Acordes Menores:


Min: Tônica - 3ª b - 5ª

Min6: Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª

Min6/7: Tônica - 3ª b - 5ª - 6ª - 7ª

Min6/9: Tônica - 3 bª - 5ª - 6ª - 9ª

Min7: Tônica - 3ª b - 5ª - 7ª

Min7/5b: Tônica - 3ª b - 5ª b- 7ª

Min7/5#: Tônica - 3ª b - 5ª # -7ª


3. Acordes Suspensos:


Sus2 : Tônica - 2ª - 5ª

Sus4 : Tônica - 4ª - 5ª

Sus7 : Tônica - 4ª - 5ª - 7ª


4. Acordes Dominantes:


7 : Tônica - 3ª - 5ª - 7ª b

7/5b: Tônica - 3ª - 5ª b - 7ª

7/5# : Tônica - 3ª - 5ª # - 7ª b


5. Acordes Diminutos:


dim : Tônica - 3ª b - 5ª b

dim7 : Tônica - 3ª b - 5ª b - 6ª

6. Power Chord:


5 : Tônica - 5ª


Essas são apenas as formulas de acordes para facilitar o entendimento, em breve veremos mais sobre Harmonia!!! Até mais!!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Teste - Chravel So-Cal Style 1

Bom dia galerinha das 6 cordas!!!
Em nossa última enquete "O que você gostaria de ver em nosso blog?" o assunto TESTES DE EQUIPAMENTOS foi o campeão absoluto, e sem deixar de abordar outros assuntos vamos procurar trazer mais e mais testes para nossos leitores.
E em minhas caroçadas habituais, encontrei uma jóia rara.

Na década de 80 Eddie Van Halen ultilizou componentes Charvel para construir suas primeiras guitarras "Frankenstein" influenciando assim a maioria dos super-guitarristas da década de 1980 a ultilizar instrumentos com contorno de Strato, com uma logomarca inconfundível em formato de guitarrinha. Eram modelos envevenados, com braços largos e planos, feitos de uma peça de maple e dotados de trastes jumbos. Essas guitarras possuiam ainda humbuckings e o então recém-lançado trêmolo Floyd Rose com microafinação. As Charvel eram máquinas mortais, especialmente para rock pesado. Entre os grandes nomes que as utilizavam estão Warrem DeMartini e Jake E. Lee. Assim como os grandes ícones dos loucos dos anos 80 saíram de moda, as Charvel saíram de cena. Mas como tudo é cíclico no mundo da moda e da música, passados 20 anos, a marca ressurgiu com bastante força, baseada nos conceitos originais de produção. Os modelos são fabricados nos Estados Unidos, com a própria Fender como proprietária da "grife" Charvel.

A So-Cal Style 1 possui braço de uma peça em maple co shape bem achatado, feito especialmente para os fritadores loucos e alucinados que gostam de apoiar o polegar no centro da parte posterior do braço. Esse não é meu ideal de pegada, mas, para os fanáticos por velocidade dos anos 1980 e de hoje, é o sonho máximo. A pestana com trava Floyd rose foi impecávelmente ajustada e possui largura de 43mm. Os 22 trastes jumbo têm acabamento exemplar e as tarraxas Grover e a alavanca Floyd Rose original desempenham o papel de um poderoso propulsor V8. Minha guitarra também tem Floyd, porém achei interessante o fato da Charvel em questão ter o trêmolo instalado sem backbox, mas com boa distância da superfície do corpo, graças à angulação radical do braço, é idêntico às guitarras consagradas da década de 80 e faz uma enorme diferença de pegada, mesmo "virando a ponte aos avessos" a afinação continua perfeita. A guita tem apena s um botão de volume e uma chave de 3 posições (caracteristica conhecida como ligação espartana).

A guitarra que testei é a versão atual das Charvel com escudo, ela possuí um escudo preto fosco que conferia a ela a dose certa de maldade com a pintura em dourado metálico. Os captadores são DiMarzio: tone Zone (ponte) e Evolution (braço). O Tone Zone é um dos meus pickups favoritos e também são do mestre Jaques Molina, e segundo Jaques ele é uma verdadeira usina de harmônicos. O Evolution tem um grave energético, com um nível de sustein que junto com o Tone Zone formam um casal perfeito.
Empunhando uma Charvel, você sente a sensação de estar pilotando um Porche, pois a força motriz da "menina" é de arrepiar.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Nuno Bettencourt - Um virtuose Portugues

Nuno Bettencourt que nasceu no dia 20 de Setembro de1966, (Praia da Vitória, Terceira, Açores), é um virtuoso guitarrista português.
É membro da banda Extreme, e ficou famoso por seus solos extremamente técnicos e sua maneira de tocar foi muito influenciada por Eddie Van Halen.


Biografia

Mudou-se com a sua família para Hudson, Massachusetts aos 4 anos. Não tinha grande interesse por música pois preferia jogar hóquei e futebol. O primeiro instumento que tocou foi bateria, até que o seu irmão, Luís, começou a ensinar-lhe a tocar guitarra mas aprendeu como autodidacta.
Em 1985 Bettencourt juntou-se à banda Extreme. No dia 5 de Agosto de 1987 fizeram um concerto em Boston com presença de executivos de grandes gravadoras e em Novembro assinaram com a A&M Records.
Por volta de março de 1988, os Extreme fizeram sua primeira grande apresentação ao público, abrindo um concerto dos Aerosmith (banda também de Boston).
Em 1989 lançaram o álbum ‘Extreme’ que não teve muito sucesso. Depois de uma turnê pela América do Norte e Japão, os Extreme lançaram o álbum, ‘ Pornograffitti’, que em 1990 os colocou definitivamente no hall da fama. O som da banda começava a mudar. Em alguns momentos ainda soava o “Funk Metal”, mas o rock e o hard rock tinham forte presença em ‘Pornograffitti’.
Ainda em (1990) participou no disco "Putting Back The Rock" de Jim Gilmore. Entraram em sua segunda turnê pelos Estados Unidos, enquanto as baladas "More Than Words" (o maior hit dos Extreme) e "Hole Hearted" não saiam das rádios. Em Dezembro de 1990 a Washburn Guitars lança uma série de guitarras, “N4 - Nuno Bettencourt Signature Series”, com a assinatura de Nuno Bettencourt.
O single "More Than Words" alcançou o primeiro lugar em vários países, entre eles: Estados Unidos, Holanda e Israel. Durante a turnê tocaram em vários festivais e com vários grupos e cantores famosos, entre eles o Ex-Van Halen David Lee Roth. Nuno foi convidado para tocar no “Guitar Legends” em Sevilha, Espanha. Tocou ao lado de Brian May, Steve Vai, Joe Satriani, entre outros.
A turnê de ‘Pornograffitti’ terminou em Honolulu, no dia 15 de Dezembro de 1991. Em 1991 participou em "Confessions" de Dweezil Zappa. Nuno canta numa semi-balada intitulada "O Beijo".


Em Janeiro de 1992 o Extreme fez um dos maiores concertos de sua história, para cerca de 60.000 pessoas, no Hollywood Rock, no Rio de Janeiro. O fenômeno Nuno Bettencourt não parava de ganhar prêmios.
Foi premiado em todas as categorias a que foi indicado no “Guitar For The Practicing Musician readers’ poll” e ainda ganhou os premios:“Top Of The Rock”, “Songwriter of the Year”, “Solo of the Year” (pelo solo de guitarra que fez, chamado “Flight of the Wounded Bumblebee”) e também “Guitar LP of the Year”. O Extreme foi indicado para oito categorias no Boston Music Awards e ganhou cinco delas: “Act of the Year”, “Outstanding Rock Single” (por “Hole Hearted”), “Outstanding Pop Single” (por “More Than Words”), “Outstanding Song/ Songwriter” (Nuno e Gary por “More Than Words”) e “Outstanding Instrumentalist” (Nuno Bettencourt).
No dia 20 de Abril tocaram "More Than Words" e uma versão acústica de "Love of My Life" (do Queen) no concerto de Tributo a Freddie Mercury, para mais de 70.000 pessoas, no estádio de Wembley.
Nuno participa no tema "Maubere de Rui Veloso" a favor da causa Timorense.
Em Setembro de 1992 foi lançado o terceiro álbum do Extreme, ‘III Sides To Every Story’. Nuno ganhou o prêmio “Guitarist of the Year” da Metal Edge Magazine. A turnê europeia da banda terminou em 23 de Dezembro de 1992 no estádio de Wembley, onde foram assistidos e aplaudidos por Brian May, Roger Daltrey, entre outros astros. Mais prêmios vieram para o Extreme. Nuno ganhou o “MVP” no Guitar World readers’ poll, ganhou também o prêmio de “Best Rock Guitar”, também o “Best Rock Guitar Album” (pelo álbum “III Sides”) e “Best Solo” (pelo solo de guitarra de Rest In Peace). Em 1993, Bettencourt co-escreveu e produziu Where Are You Going, para o filme Super Mario Bros.
Em 1994, Bettencourt casou com a cantora Suze DeMarchi. Também participou no disco "Honey" de Robert Palmer. 1995 foi o ano do quarto álbum da banda, ‘ Waiting For The Punchline’. Mais um álbum de sucesso, com vários hits, entre eles: "Hip Today", "Unconditionally" e "Cynical". A primeira e única canção instrumental do Extreme saiu nesse álbum. Uma sensacional canção de violão chamada Midnight Express.
Em 1996 saiu da banda para iniciar uma carreira a solo. Nuno Bettencourt lançou seu CD ‘Schizophonic’ que surpreendeu a todos os fãs que esperavam um CD ao estilo Steve Vai ou Eddie Van Halen. Schizophonic demorou cinco anos a ser concluído.
Em 16 de dezembro de 1997, Bettencourt forma a banda Mourning Widows (o nome foi inspirado por uma escrita que tinha visto na parede de uma igreja em Portugal) que lançaram no Japão, através da Polydor, um álbum auto-intitulado. o disco vendeu 45.000 no primeiro mês. O segundo álbum da banda, "Furnished Souls for Rent" foi lançado originalmente no Japão em 2000. Em 1999 grava "Try Again" com a cantora Lúcia Moniz e grava "Every Diamond" para o disco de tributo a Rui Veloso.
Forma a banda Population 1 que lançam um disco em 2002. Devido a questões legais, o nome teve de ser alterado passando finalmente para DramaGods. DramaGods
lançou seu primeiro álbum em dezembro de 2005. DramaGods apareceram no Udo Music Festival, juntamente com KISS, Santana, Jeff Beck, The Doobie Brothers, Alice in Chains, The Pretenders, Ben Folds Five, e outros, em Julho de 2006.
Um CD do mágico Criss Angel, Mindfreak, contém uma música em que aparece Bettencourt e foi lançado em junho de 2006.


Nuno tocou com os The Satellite Party de Perry Farrell até julho de 2007. Bettencourt ajudou a produzir "Ultra Payloaded", o álbum de estreia do grupo lançado em 29 de maio de 2007 pela Columbia Records.
A banda de Hard Rock Extreme regressou em 2008 com o disco “Saudades de Rock”, o primeiro lançamento de estúdio da banda em 13 anos.
Em 2008, Bettencourt foi destaque na trilha sonora para o filme "Smart People". É creditado na capa da trilha sonora que inclui a faixa "Need i say more", com Gary Cherone (dos Extreme), e as seleções "Baby Animals".
Em 2009 colaborou em "The Best Night Ever" de Marshall, uma personagem de "How I Met Your Mother". O vídeo era uma paródia ao video de "More Than Words".
Nuno é o guitarrista da tournée mundial da super estrela Rihanna na sua Last Girl On Earth Tour que teve inicio em 16 de Abril de 2010.

Estilo musical

Como guitarrista e compositor, Bettencourt consegue retirar uma variedade de estilos e influências. Os seus trabalhos mais importantes foram no campo do rock e heavy metal mas os seus maiores sucessos foram canções acústicas. Bettencourt é considerado como um guitarrista técnico e é influenciado por muitos guitarristas diferentes como Eddie Van Halen, Al Di Meola, Brian May e Jimmy Page.

Curiosidades

Em 1994, Bettencourt se casou com a cantora Suze DeMarchi. Eles têm dois filhos juntos: Bebe Orleans (nascido em 2 de fevereiro de 1996) e Lorenzo Aureolino (nascido em 12 de agosto de 2002). Eles vivem atualmente em Los Angeles.
Bettencourt cita o alimento italiano como sua comida favorita. Adora sushi e bares Butterfinger (Music Choice).
Nuno Bettencourt está presente no CD e DVD do "Guitar Wars" onde aparecem grandes músicos como Steve Hackett (Genesis, GTR), o baixista do Led Zeppelin John Paul Jones e Paul Gilbert dos (Racer X e Mr. Big).
Nuno colaborou com a sua esposa Suze DeMarchi e com os membros da banda Baby Animals e no disco solo de sua esposa lançado em 1998, "Telelove".
Em 2006, a banda Extreme teve seu sucesso "Play With Me", presente no jogo de video-game " Guitar Hero Encore: Rocks the 80s".

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Afinando seu instrumento-Aula 3

Para afinar nossa guitarra, podemos usar um outro instrumento que esteja afinado e comparar as cordas soltas, podemos nos beneficiar do uso de um afinador eletrônico,afinar pelos harmônicos, por acorde, de vários jeitos. Mas, a forma de afinar mais usada pelos guitarristas de todo o mundo, é através da comparação da 5ª casa com a corda solta abaixo.

Reparem que a 5ª casa na 6ª corda, representa a nota A e que a 5ª corda solta, também é denominada A . Portanto, aom esse raciocínio, ao equiparar o som destas cordas você já estará afinando a sua guitarra. O mesmo ocorre para a 5ª, 4ª, e 2ª corda.

Olhe a figura abaixo e repare que a 4ª casa da 3ª corda representa a nota B, o que equivale a corda solta.

Exercicios

1- Localize as notas indicadas no braço do instrumento

2 - Complete os espaços, dizendo a distância entre as notas em tons e semitons

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Guitarristas Brasileiros - Juninho Afram

Sou suspeito pra falar sobre esse cara, além de ser um super músico, é um cara que não esconde sua fé em Deus e faz questão de dizer que o objetivo maior da banda é levaar o Evangélio a toda criatura.


Juninho Afram ganhou seu primeiro violão, um Nylon da Gianini, aos 11 anos de idade. Aos 13 começou a estudar violão clássico.
Aos 14 anos ganhou sua primeira guitarra, uma Gianini SG, com o braço rachado. Nesta época passava as tardes ouvindo e “tirando” músicas e tocando com as bandinhas da escola. Teve o seu primeiro professor de guitarra, o Gino, que lhe ensinou o básico.
Aos 15 começou a tocar na Igreja Cristo Salva do pastor “tio” Cássio, ingressando numa banda chamada Estação Céu. Algum tempo depois, montou junto com o Walter e o Maradona o “G3”, que mais tarde se tornou o “Oficina G3”..
Juninho, em meio a febre de pedais BOSS, que nessa época eram caríssimos e inacessíveis à maior parte dos músicos, começou a montar seus próprios pedais a partir de esquemas de revistas de eletrônica e alguns livros. Um overdrive que ele apelidou de Lixodrive e um Equalizador apelidado de Porcoalizer, de tão ruim que eram os pedais.


Pouco tempo depois montou seu primeiro amplificador, que se não me falha a memória, foi chamado por ele, em um workshop que vi de: JR amp e que segundo o guitarrista tinha som de “radinho AM”. E para substituir a ausência do metrônomo Juninho Afram gravava em um gravador batidas contínuas para treinar guitarra.

Juninho com suas custons e o mestre Seizi Tagima



Seu sofrimento só acabou, quando seu primo Maurício lhe emprestou um Big Muff ( tipo Fuzz ) e um Phaser, ambos da Electro Harmonix.
Foi autodidata até os 22 anos, quando estudou 1 ano de harmonia e improvização com o Kiko Loureiro.
Aos 26 anos fez canto lírico na U.L.M ( Universidade Livre de Música Tom Jobim ), onde estudou por 2 anos. Em julho de 1996 começou a estudar com Mozart Mello, com quem estudou durante um ano e meio.
É casado com Viviane e tem um filho chamado Pedro.

O trio de ferro da guitarra brasileira. Juninho Afram, Edu Ardanuy e Kiko Loureiro.

Porque OFICINA G3?
A sigla G3, causa de grande polemica, é a abreviatura de Grupo 3 porque na igreja havia várias bandas de louvor que se revezavam entre si. Em São Paulo o grupo resolveu entrar em um concurso de música gospel, não possuindo um nome resolveram ultilisar a sigla G3 Mais tarde, resolveram mudar de nome e escolheram "Oficina", procurando falar de um concerto do homem com Deus. Na verdade, a banda já era conhecida por "G3" então aconteceu uma junção dos dois nomes. O que foi bom pois o nome facilita a aceitação por parte dos não evangélicos, como explica Duca Tambasco: "Tem muita gente que vai aos shows sem saber que a banda é gospel. Chegando lá, curte o som, e quando percebe, já está cantando, aceitando Jesus e indo embora salvos. É uma forma de chegar a locais onde o evangelho não chega, afinal um dos nossos objetivos é saquear o inferno".

Como você vê a adoração hoje?

Hoje em dia eu vejo duas coisas: uma é muito boa — as pessoas estão despertando para uma intimidade maior com Deus, para exercer aquilo para qual fomos criados, adorar a Deus. A outra é ruim — mais uma vez estamos criando regras para a ação de Deus, para o mover de Deus. Veja o exemplo da adoração espontânea. Foi algo que aconteceu com algumas pessoas num momento especial. De repente a gente começou a utilizar isso como regra. Outro exemplo: algumas pessoas sentiram que deviam se colocar diante do altar e de costas para a Igreja. Mais uma vez muita gente tomou isso como uma regra. Agora, aquele que adora de coração, experimenta coisa de da parte de Deus que quem não adora jamais vai experimentar. Estou falando de algo que ultrapassa os limites da música.

A sua história na música cristã começou como um ministério de louvor. Esta origem teve reflexos na maneira que você faz música hoje?

Desde pequeno entendi que a adoração tem que fazer parte da vida de um cristão. Jesus fala que o Pai procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Então isso sempre fez parte da minha história, da minha vida. Eu nunca entendia essas referências que o homem dá: isso é adoração, aquilo não. Mas eu sempre tive nos meus momentos com Deus um tempo em que pude me fechar no quarto e cantar ou orar. Foram tempos difíceis que Deus muitas vezes me falava através de música. Um bom exemplo foi com a música “Deus eterno”, que surgiu num momento muito difícil pelo qual eu estava passando. Então acho que é muito lindo quando a gente tem este momento de intimidade com Deus.

E você acha que isto é reflexo do tempo que você participou de um grupo de louvor?

Acho que as pessoas confundem um pouco o trabalho do Oficina G3. Muita gente fala para nós: “vocês precisam se tornar adoradores”. O homem vê a aparência, Deus vê o coração. Veja o que aconteceu com Samuel quando foi ungir o novo rei de Israel. Eliabe era o filho mais velho de Jessé, homem formoso, e Samuel, que era homem de Deus — quantos de nós não gostaríamos de ser metade daquilo que ele foi —, olhou para Eliabe e teve certeza que ele era o ungido do Senhor. Mas Deus disse: “eu o rejeitei”. Então esse é o lance. Apenas Deus pode dizer se alguém é adorador. O fato de alguém levantar a mão e cantar “glória a Deus e aleluia” não faz dele um adorador.

Mas vocês sofrem muito preconceito por tocar música gospel?

Um dia desses tive uma experiência muito forte. Um rapaz chegou para nós e perguntou se lembrávamos dele. Dissemos que não. Daí ele perguntou: “vocês se lembram de uma apresentação num ginásio tal, em que só uma pessoa se converteu?” Lembramos deste dia por que foi um dos mais tristes do nosso ministério, e ficamos tentando descobrir o que havíamos feito de errado. Naquele aquele rapaz abandonou as drogas e hoje é pastor de uma igreja com 600 membros. Então é a nossa recompensa. Entenda bem, eu sou um adorador apaixonado por Deus. Mas até o termo adorador já se desgastou. Como gospel também. Acho que aquilo que nós somos só quem pode dizer é Deus. O que não podemos é fazer juízo de todas as situações. Mas isso não é uma coisa que não nos incomoda mais.

Você é reconhecido não só no meio evangélico como um músico talentoso. A música como arte exige esmero técnico, mas qual é a importância da técnica na adoração?

Na época em que dava aulas, eu costumava dizer para meus alunos que a técnica não faz o músico. Mas ela é a porta para que você coloque para fora tudo aquilo que está dentro do seu coração. Às vezes você tem coisas lindas dentro do coração, mas suas mãos e sua técnica não têm capacidade de colocar aquilo para fora. Não corresponde àquilo que você gostaria de transmitir. É como se uma pessoa quisesse expressar seu amor por pessoas que não conhecem seu idioma. Você tem boas intenções, emoções verdadeiras, mas não consegue falar nada. A técnica é fundamental para expressar aquilo que está no coração.

E você é disciplinado?

Já fui muito disciplinado no estudo do meu instrumento. Obviamente que as responsabilidades vão aumentando e a família também. Eu não consigo mais dispor de tempo que gostaria. Mas sempre que posso aproveito para estudar. Tenho tido a oportunidade de fazer workshops, que é um momento que passo com a galera da guitarra. O músico cristão tem que se aprimorar para oferecer seu melhor para Deus. Tem que ser sincero, mas tem que se aprimorar.

Muitos jovens se espelham em você e sonham alcançar um lugar ao sol, conquistar fama e sucesso. Você certamente deve conhecer muitos casos de gente que perdeu a cabeça ao se deparar com a fama e o assédio. Como você lida com isso?

Eu respondo muitos e-mails a respeito disso. Eu penso que isso é um exercício diário para entender que não somos nada. Como diz o Palavra, “aquele que pensa estar de pé cuide para que não caia”. Isso deve estar gravado no coração do cristão. Penso que tudo o que eu sou é por que o Senhor permitiu que eu fosse. Então, cuido para nunca esquecer disso, pois não cheguei aqui por eu sou o “bonzão”. O ser humano tem uma característica muito interessante: se não recebemos incentivos de nenhum lado desanimamos. Por outro lado, se começamos a receber muitos elogios corremos o perigo de achar somos bons por méritos próprios. Essa linha que divide um lado e outro é muito fina.




sábado, 12 de fevereiro de 2011

Noções Básicas – Aula 2

Antes de nos aventurarmos no mundo das 6 cordas é essencial, sabermos algumas noções básicas, e que são usadas tanto pelos iniciantes quanto pelos profissionais. Portanto, preste atenção nesses conceitos abaixo, que eles serão usados pelo resto de sua vida na música.

As Notas Musicais

As Notas Musicais são sete: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si.

Cifra - Linguagem Musical Universal, onde letras indicam o nome das notas e acordes.

Tom - Unidade de Medida Musical, mede a distância entre as notas.


½ tom – distância de uma casa para a outra, como por exemplo, da casa 4 para casa 5.
1 tom – distância entre duas notas que estão separadas por uma casa, como por exemplo, da casa 4 à casa 6.

Acidentes - São sinais que modificam as notas.

#- Sustenido – Eleva a entonação da nota em 1 semitom / meio tom.
b- Bemol – Abaixa a entonação da nota em 1 semitom / meio tom


As notas musicais de ½ em ½ tom:

Reparem que a distância do E( mi ) para o F( fá ) e do B( si ) para o C( dó ) é de ½ tom não existindo assim na prática E#, B#, Fb e Cb.

Enarmonia - notas com o mesmo som, mas com nomes diferentes, exemplos de notas enarmônicas – C#, Db – G#, Ab, etc.
A Localização das notas no braço da Guitarra

A agilidade em achar as notas no braço da guitarra é muito importante para montarmos escalas e acordes. Para isso, é extremamente necessário conhecer onde estão as notas no seu instrumento. De nada adiantaria saber a teoria, se na prática você não for capaz de localizá-las.

O primeiro passo, para isso é conhecer o nome das cordas soltas.

As cordas soltas na guitarra, são contadas de baixo para cima, sendo assim a primeira a mais aguda e a 6ª a mais grave.

1ª corda solta – Mi ( E )
2ª corda solta – Si ( B )
3ª corda solta – Sol ( G )
4ª corda solta – Ré ( D )
5ª corda solta – Lá ( A )
6ª corda solta – Mi ( E )

A partir das cordas soltas, cada vez que pressionamos uma nova casa, subimos 1 semitom, ou seja, ½ tom. Vejamos o que acontece no braço da guitarra até a quinta casa.


Para acharmos as notas da sexta casa em diante, continuaremos a seguir meio a meio, até a nota desejada.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Michael Hedges - O Hendrix do Violão de aço!!!

Se perguntarmos para a maioria dos guitarristas "Quem foi o próximo Hendrix?" eles citarão de Van Halen a Robert Fripp. Mas pergunte quem foi o Hendrix do violão de cordas de aço e você vai ver que há apenas um candidato ao posto: Michael Hedges.

Certa vez, em 1993, Michael Hedges – então já um músico totalmente consagrado - estava fazendo um concerto, quando num intervalo entre duas músicas, alguém da platéia gritou, pedindo que ele improvisasse um pouco. Ele parou por alguns momentos, pensativo, e depois respondeu: “Mas eu tenho tentado fazer exatamente isto por toda a minha vida!”. A platéia explodiu em aplausos, pois ele era indubitavelmente um dos mais inovadores – e “improvisadores” – guitarristas do mundo! No entanto, ele próprio se considerava – acima de tudo – um compositor que tocava guitarra e não um guitarrista que compunha canções. Ao longo dos anos, ele brincou de procurar definições para o seu trabalho. Em uma dessas brincadeiras, ele o chamou de “heavy mental”, num sutil escracho com a turma do heavy metal...
Seu mentor foi E.J. Ulrich. Conforme suas próprias palavras, ele ouvia Leo Kottke, Martin Carthy e John Marty; mas sua cabeça estava mais voltada para Stravinsky, Varese, Webern e um monte de outros compositores experimentais, como Morton Feldman. O guitarrista Will Ackerman declarou - algum tempo depois de tê-lo ouvido em Palo Alto – que Michael havia virado a sua cabeça, pois a sensação que ele tinha era a de estar vendo a guitarra ser novamente reinventada.
Depois de seu primeiro album em 1981 – Breakfast in the Field -, suas composições e performances explodiram em sofisticação. Inicialmente classificado como um músico New Age, em pouco tempo seu ecletismo já não cabia em nenhuma classificação. Principalmente a partir do seu folclórico trabalho chamado Watching My Life Go By.
Para tentar definir a profundidade de sua obra, o próprio Michael disse certa vez: “a música é alguma coisa como a comunicação entre as almas humanas. Tocar é mais do que uma experiência sensual; e é mais também do que uma experiência espiritual. A música vem da alma e vai para a alma. Minhas ligações com a vida e com a música são exatamente a mesma coisa. Quando estou tocando, eu estou falando de minha vida. Esta é a minha finalidade como músico”. Eleito pelas principais revistas do planeta como um dos 25 maiores guitarristas do mundo, seu album de 1994 – The Road to Return (O Caminho de Volta) – foi considerado como uma viagem interior e
uma visão além da alma.


Ele trabalhou também com quase todos os grandes nomes do Rock’n’Roll de seu tempo. Compôs, por exemplo, os arranjos de Tomorrow Never Knows dos Beatles e Sofa #1 de Frank Zappa. Assim como os Beatles tiveram a sua fase de influências do Extremo Oriente, ele também – com sua insaciável curiosidade sobre o Universo – tirava inspiração de tudo. Desde a Teoria dos Cinco Elementos chineses até a Segunda Lei da Termodinâmica. Estudando com o mestre Paulie Zink, ele explorou a profundidade da cultura oriental, mergulhando no Livro Tibetano dos Mortos; e foi profundamente influenciado por este trabalho. Numa entrevista da época, declarou: “estou me tornando mais reflexivo e pensando mais sobre a morte e o renascimento. Talvez seja por eu estar chegando na casa dos quarenta anos, que é uma época em que você começa a perceber que já está na metade da vida. Então eu encontrei o Livro Tibetano dos Mortos. Isto está sendo uma experiência muito positiva para mim e eu preciso dividi-la com as outras pessoas”.


O nosso espaço aqui é muito pequeno para falar o mínimo de Michael Hedges. Mas para que se tenha uma idéia dos mundos interiores pelos quais ele viajava, nós podemos pescar alguns indícios nos títulos e nas letras de suas músicas.
Observem: Face Yourself (encare você mesmo), Guardian’s Trust (Sentinelas de Confiança), Holiday, I Want You, I’m Coming Home (Tou Indo Prá Casa), India, Ready or Not (Pronto ou Não), Road to Return (O Caminho de Volta), Sister Soul, Watching My Life Go By (Assistindo Minha Vida Passar), Woman of the World (Mulher do Mundo), You Can Have Anything You Want (Você pode ter tudo aquilo que você quiser!).
Em Face Yourself, ele diz: “face yourself, now or never, face yourself, no one else will do, face your weakness, face your pest, let your scars show through, it’s now or never, don’t look back, just say you’re gone, gone away, drawn away...” (“Encare você mesmo, agora ou nunca, encare você mesmo, ninguém mais pode fazer isso por você, encare tua fraqueza, encare tua doença, deixe que tuas mazelas passem, é agora ou nunca, não olhe para trás, diga apenas que você está indo, vá, deixe tua vida fluir...”.
Não é bonito isso?! Mas a vida de Michael Hedges foi fluindo até que – no auge de sua carreira, no topo de sua criatividade e num dia de dezembro de 1997, época em que estava muito otimista com relação à sua vida pessoal -, ele sofreu um acidente de carro numa estrada da Califórnia e sua voz se calou para sempre. Sua morte chocou o mundo! Pete Townshend disse sobre ele: “Eu o considerava um gênio e quando ele morreu eu perdi um grande amigo. O universo musical se tornou muito melhor depois de sua passagem por aqui”. David Crosby: “Eu sinto saudades dele todos os dias”. E Steve Vai: “Eu levei uma porrada quando o ouvi pela primeira vez. Jamais
esquecerei muitos dos momentos de nossa convivência. Se o que dizem sobre reencarnação é verdade, na próxima eu quero estar numa banda junto com ele!”.

Se você quiser ter uma noção do que estou dizendo, procure um álbum intitulado "Aerial Boundaries", que em minha humilde opinião não é exagero chamá-lo de o maior albúm de violão-solo já gravado. Hammer-ons em acordes, afinações customizadas e tapping/slap na escala dão a sensação de que há vários violões tocando ao mesmo tempo.



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CONHECENDO SEU INSTRUMENTO

Boa tarde galera!!!

Alguns de nossos leitores estão iniciando suas atividades musicais, seja na guitarra ou no violão, pensando nesses brother's começaremos hoje uma série sobre o BÁSICO DA GUITARRA. E para aqueles que já tocam a algum tempo, creio que será válido para relembrarmos algumas coisas que talvez por desuso podem ser esquecidas.

Para começarmos com o pé direito a aprender o instrumento, nada melhor do que conhecer suas partes. Na figura abaixo temos a guitarra com a indicação dos componentes importantes e logo após o comentário de cada um dele

Corpo / Body - O corpo da guitarra é um fator muito importante para sua sonoridade. Quanto mais madeira, mas sustentação das notas que são tocadas na guitarra. Temos vários tipos de corpos, sólido, semi-sólido, semi-acústico e acústico.

Ponte / Bridge - Parte metálica por onde passam as cordas, onde são encontrados os “carrinhos móveis” que servem para alguns ajustes na guitarra. Temos vários tipos de ponte, Fixa, com sistema de alavanca, com sistema de alavanca de dupla trava tipo Floyd Rose.

Captadores / Pick-ups - São bobinas que envolvem uma barra magnética, que é responsável pela captação do som das cordas e pela sua transformação em sinais elétricos que serão enviados para um amplificador de som.

Knobs - Também chamados de Potenciômetros, são responsáveis pelo controle de volume e tonalidade dos captadores.

Seletor de Captadores - É uma chave que seleciona o captador desejado pelo músico.

Alavanca / Whammy Bar - Sistema mecânico, que tem o poder de mudar a afinação do instrumento por alguns instantes.

Braço - Peça única geralmente de madeira, contra quem o guitarrista aperta as cordas para produzir as notas.

Traste / Fret - Série de filetes metálicos que tem a função de separar as casas do instrumento.

Tarraxas / Machine Heads - Mecanismo que serve para afinar as cordas da guitarra.

Headstock - Extremidade superior do braço onde são encontradas as tarraxas.

Espero que tenham gostado da primeira aula, semana que vem tem mais aguardem!!!!!


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Marcio Sanches - Queen Cover

Em 2005 fui ao SESC afim de jogar aquele futsal que era de lei nos fins de semana.
Acontece que aquele dia me recusei a entrar em quadra, e não porque eu estava me sentindo mal, ou porque eu havia brigado com alguém. O fato é que quando eu cheguei tinha um big palco montado e uma Guild Brian May no suporte, só esperando para ser ligada, me sentei bem em frente ao palco, pedi uma soda limonada e um salgado de presunto e queijo e fiquei esperando ancioso para ver quem empunharia aquela maravilha de 6 cordas.
Após alguns minutos subiu um cabeludo ao palco e plugou a garotinha em um Meteoro MAK3000, o primeiro acordo que soou das cordas da Guild não me deixou dúvida de que tinha sido válida a minha permanencia no local.
Após a banda passar o som, o cabeludo desceu pra tomar um refri na lanchonete, e adivinha o que aconteceu? Eu fui atrás de conhecer o cover mais perfeito que já ouvi de Brian May.

Se tratava de Marcio Sanches, guitarrista da banda QUEEN COVER, grupo que surgiu em 1989 é completo por Eddie Star (voz), Reinaldo Kramer (bateria e vocal) e André Trulio (baixo e vocal). Na época eu ainda não tinha o blog então conversei um pouco sobre a banda e sobre como ele estudou parra chegar até aquela proximidade de timbres que havia entre ele e May. Marcio até me levou no palco para me mostrar a guitarra e seus pedais, pois compartilhei minha obseção por equipamentos.


Para a minha surpresa a GUITAR PLAYER em setembro de 2007 fez uma entrevista muito legal com o guitarrista. Vamos conferir!!!
Quais regulagens você ultiliza para aproximar sua sonoridade à de Brian May?
Procurei muitos tipos de distorção e delay. Encontrei o pedal Panning Delay RPS-10, da Boss, e consegui o delay estéreo. Depois comprei um pedal fundamental, o Treble Boost, do Pete Cornish, que é um volume para enfatizar os agudos. Antes fazia a seguinte configuração: Guild Brian MAy no Cry Baby, que conectava ao Treble Boost (com seu único botão de regulagem em 75%). O Treble Boost era conectado ao Mayhen, um pedal de distorção feito pelo Greg Fryer, grande conhecedor do som de May. A regulagem é volume em 70% e drive em 100% e tonalidade em 75%. Ligo esse pedal no Panning Delay com o seguinte ajuste: Range em 2 segundos, Fine em 75% e Feedback level em 0%, Delay tone em 85% e Level em 85%. Como o Panning Delay é estéreo, a saída 1 (800ms) vai para o primeiro amplificador e a saída 2(1600ms), para o segundo. Na época, usava o canal Normal do Vox AC30 e a entrada do canal limpo do amplificador Cristalino, da Meteoro. Usava também uma moeda inglesa de seis pences como palheta, para obter quase um chorus.
Hoje com o pedal Digitech Red Special, conecto a Guild no Cry Baby, que vai para o Mayhem ao Digitech Red Special (ganho e nívele grave em 75%, agudo e botão Control em 50%, Guitar no 50% e modelo no 6). A saída 1 vai para o primeiro amplificador e e a saída 2, para o segundo. Meu amplificador é o modelo MAK3000, da Meteoro, cuja regulagem é: canal limpo, presence em 20%, grave em 80%, médio em 30% e agudo em 20%.
Quais são opções mais em conta para conseguir essa sonoridade?
Creio que seja o Digitech Red Special , que já vem com o timbre pronto e é muito próximo do original. Pode-se comprar uma guitarra barata com single-coil, dois amplificadores pequenos de 15 watts, um pedal de delay estéreo e um de distorção. Uma boa opção pode ser tocar com uma moeda de 10 centavos, para conseguir um timbre diferente e se acostumar a usar moeda, como Brian. Por último, pode-se colocar uma chave para inverter a fase do captador de sua guitarra para gerar novos timbres. Outra dica legal é deixar o wah-wah ligado sem ultilizá-lo, criando um som "nasalado"..
Você fez alguma alteração nos seus equipamentos para alcançar a sonoridade de May?
Modifiquei a alavanca da Guild, mais não mudei muito além de um parafuso e uma borrachinha para melhorar a afinação. Reposicionei os captadores e meu luthier Murilo, fez as bases internas de cada um deles para melhorar o sustain e deixá-lo mais natural. Não mudo nada nos pedais, o Digitech Red Special, é perfeito. Nos amps deixo os canais o mais clean possível.
Quais os principais truques de Brian May?
Suas marcas registradas são bom gosto, criatividade e muito feeling. Seu modo de gravar várias camadas de guitarra em estúdio veio dos antigos grupos de jazz, em que cada instrumento toca uma nota de cada vez, e não frases inteiras. Isso cria um efeito em cascata. Com uma mixagem perfeita, forma um som único, que levou muitos, na época, a pensar ser sintetisador e não guitarra. Ao vivo, para criar efeitos de dobra, Brian May usava e abusava de suas câmaras de eco Echoflex. Sempre o delay era acionado, saía primeiro o som puro e depois outro em 800ms (à direita) e um em 1600ms (á esquerda). O efeito da dobra era diferente do disco, mais ajuda a preencher o som do Queen. A música Brington rock é um bom exemplo. Como criou sua própria guitarra com o pai, May abriu mais uma porta na música para os guitarrista Luthiers.
Quanto tempo demorou para chegar ao som de Brian May?

Estudo seu som ddesde 1989. O pedal Digitech Red Special tem 14 sons prontos do Brian May e, melhor de tudo, criados pelo próprio. Uso em shows e workshops. Com o tempo, consegui a Guild Brian May, o Treble Boost, o AC30 e a moeda de seis pence para usar como palheta. Cheeguei bem perto do som do Brian, eceto, evidentemente, por sua pegada.

O que ajuda a tocar como o ídolo?

Comprar equipos de qualidade, estudar e ouvir bastante a técnica de seu ídolo. Se puder, assista aos vídeos de show e prestee atenção nos dedos e em quais casas ele está tocando. Fique atento à afinação. Mesmo quee tire os solos iguais, procure improvisar um pouco, pois irá ajudá-lo a perceber o quanto seu ídolo é bom.

Mesmo sendo cover, você tem espaço para inserirr seu estilo?


Quando comecei a tocarr e compor, logo imaginei como seria ter um grupo. Minhas idéias ainda estão na cabeça e as guardo até hoje. Nos shows com o Queen Cover e workshops que realizo, é normal tocar alguma melodia minha no meeio de um solo. Tocar Queen após tantos anos mee deu uma base muito segura para criar e eespero poder gravar um disco de músicas próprias em breve.

O que um guitarrista precisa para ser um bom cover?

Manter o respeito e a mesma vibe do som. Se você toca uma música que não seja sua e consegue o mesmo equilíbrio emocionaal, soará honesto. Nunca estudei para ser cover, foi um processo natural em que fiquei surpreso. É demorado para adquirir o equipamento necessário e a guitarra certa, pois é muito caro, mas nada impede de praticar ccom um violão barato e ouvir músicas para manter-se inspirado.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ibanez ICT700 Iceman

Alguém já ouviu falar no termo "caroçar"?
O Abner, um grande amigo era vendedor de uma loja de games, e tinha uma coisa que o deixava completamente irritado. Sabe aqueles moleques que entram na loja, pedem pra ver tudo quanto é tipo de coisa, o vendedor perde umas 2 horas com os camaradinhas com a maior boa vontade e
no final das contas "filho da mãe" não compra uma bala. O Abnão ficava revoltado!!!
Mais porque "tsongas" eu to escrevendo isso aqui???
Depois que eu reativei o blog, eu me tornei "UM CAROÇADOR"!!! Vamos pensar um pouco: Eu tenho um blog sobre guitarra, esse blog precisa de material para postagens, e infelizmente eu ainda não tenho a disponibilidade de ter em mãos uns equipos legais para teste, então...
A diferença é que pelo menos uma palhetinha eu compro pra não sair de mãos abanando né.
E a um tempo atrás estava assistindo alguns vídeos do Mr. Big no youtube, e em um determinado video (que por sinal nunca mais achei) Paul Gilbert estava empunhando uma guita diferente das tradicionais IBANEZ PNG. Era também uma Ibanez, mais com um corpo com desenho exótico, e um timbre venenoso, na hora fui pesquisar que guitarra era aquela, quanto custava e se eu iria conseguir testá-la em algum lugar.



A Ibanez ICT700 me encantou, foi amor a primeira vista e quando tive a oportunidade
de ir na Teodoro Sampaio (não se trata da dupla sertaneja e sim da rua que é o paraíso dos músicos...) já fiquei com as lombrigas assanhadas para "caroçar" essa maravilhosa guitarra.
Como estava procurando um pedal passamos por várias lojas, o pedal eu até achava, mais a guitarra tava difícil, porém quando cheguei na TANGO lá estava ela, e pode ter certeza que não me fiz de rogado em pedir para testar o pedal com ela.
A que eu vi com o Paul era branca, e a que tinha na loja era preta, mais isso não foi
problema pois se alguém me perguntar qual a mais bonita eu ficarei indeciso.

O TESTE:



Com o lançamento da série X “Xiphos” a Ibanez introduziu novamente em sua linha de guitarras os corpos de desenhos não-tradicionais.
A ICT700 “Iceman” é uma guitarra com design exclusivo e já consagrado no mundo do rock/pop e usado diversos guitarristas de renome.
Meu teste foi singelo, mais já deu pra tirar algumas conclusões legais, como por
exemplo sentir o conforto do braço Wizard II 5pçs em Maple c/ Walnut, o desenho do
corpo faz com que o braço de 24 trastes e 25,5'' pareça gigante quando você está com
a guitarra nas mãos, dá até impressão de estar segurando um baixo e não uma guitarra.
A madeira do corpo é o mogno, madeira originária principalmente da América do Sul.
O Brasil é uma das grandes fontes de mogno do mundo, porém sua exportação é controlada pelo governo brasileiro o que acaba aumentando o preço da madeira e
consequente da guitarra, também torna a guita um pouco pesada, mais uma diferença
que não é tão brusca comparada a outras guitarras como por exemplo uma LesPaul.
O captador do braço é um DiMarzio® Air Norton S™ que gera um som bem aveludado e distinto, na ponte um DiMarzio® D-Activator ™ se encarrega de despejar potência para solos, é impressionanteee o que se consegue com um pouquinho de drive, um som cortante e com uma definição perfeita, a ponte é uma Gibraltar Custom e o hardware é todo black.
Tem 1 controle de volume muito bem localizado, 1 tone e uma chave de 3 posições.



Na expomusic fiquei atento para ver se conseguia vê-la. Assim que vi estande da
Ibanez meus olhos brilharam. Sai quase que correndo para o encontro da maquina e
chegando lá tive um grande alegria e depois uma profunda decepção. A ICT700 estava lá, toda linda e imponente, porém, algemada no estande para que os tarados de plantão
não pudessem apreciar seu som.

A única lembrança que fiquei dela foi a foto abaixo:



Para quem gosta de guitarras diferentes vale muito a pena, pois a menina fala alto mesmo!!!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

The Champion!!! Kiko Loureiro

Bom dia galera!!!
Primeiro gostaria de agradecer a todos que participaram de nossa enquete sobre quem é o melhor guitarrista Brasileiro na atualidade. Também gostaria de pedir desculpas para a galera que acompanha o blog, pois as vezes ficamos 2 ou 3 dias sem postagens novas, o fato é que eestou sem internet em casa e a maioria de minhas postagens são feitas do celular e isso faz com que o tempo para editar uma postagem legal se estenda bastante.
Voltando ao assunto "Enquete", vamos aos resultados:

Com 31% dos votos validos nosso campeão foi Kiko Loureiro junto com o mestre Chimbinha.
Nosso querido Juninho Afram ficou em segundo com 27%, em terceiro com 9% ficaram Rafael Bittencourt, Faiska e Gustavo Guerra, alguns brothers acham que nenhum dos relacionados merecem essa consideração. Outro que foi lembrado foi Andreas Kisser que conquistou 4% dos votos.

Como a idéia era fazer um post digno de campeão,vamos conferir uma super entervista feita pela equipe da Guitar Player com esse super Guitar Hero Brasileiro.
Obs: "Como o nosso eterno mestre dos riffs super elaborados Chimbinha não nos consedeu uma entrevista exclusiva, seus milhares de fãs não terão a oportunidade de conhecer mais sobre suas influências e tecnicas animais".
Muitas perguntas vêm a tona quando o assunto é Kiko Loureiro. Como ele conseguiu ser um guitarrista brasileiro premiadissimo no exterior? Qual o segredo de sua técnica? Como ele conquistou o respeiro dos músicos de Jazz? Que caminhos ele trilhou para ser o músico bem-sucedido que é? Como ele está conseguindo penetrar no difícil mercado norte-americano? O que ele tem que outros guitarristas talentosos não tem?
Reforçados por Mozart Mello que já foi professor de Kiko, a equipe da GP formou uma verdadeira mesa redonda afim de responder essas perguntas.
Quem entra na casa de Kiko logo percebe que ali vive um guitarrista dedicado. A casa respira música. A primeira coisa que se vê na sala de visitas é um belissímo piano de um quarto de cauda - que não está lá apenas de enfeite como comprovou Loureiro ao executar um peça com surpreendente desenvoltura. Na estante, troféus que ganhou em premiações de publicações japonesas de rock. Na mesa de centro, livros de Hermeto Pascoal, Tom Jobim e sobre guitarras elétricas convivem pacificamente. Percebe-se também que trata-se do lar de um músico viajado - objetos das mais diversas regiões do planeta enfeitam o ambiente. Marcas de quem se dedica de corpo e alma ao ofício e conduz a carreira com seriedade.
Lá estavamos diante de um músico que se deu bem na profissão, tanto como guitarrista de banda, artista-solo e até mesmo sideman. Levantamis os principais pontos de sua carreira durante a entrevista que mais pareceu um bate-papo descontraído. Talvez nem o próprio Kiko sabia direito como construiu uma trajetória sólida desde que gravou o primeiro disco com o Angra, em 1993, até os dias de hoje, afinal, não existe formula para o sucesso. Cada ser humano tem a sua história, mas podemos detectar em Loureiro características comuns aos grandes guitarristas do mundo: dedicação extrema ao instrumento, profundo amor pela música, profissionalismo e coragem de aproveitar as oportunidades e enfrentar desafios, por mais difíceis que possam parecer.

GP: A que você atribui todo esse sucesso?
Kiko: Palavra sucesso é relativa. Para alguns, sucesso é tocar diante de 100 mil pessoas. Para outros, é tocar aquilo que gosta. Considero o fato de tocar aquilo que quero e viver de música, o que é difícil de fazer no Brasil. Isso se deve a eu estar sempre correndo atrás de trabalho e, às vezes, deixando de fazer muita coisa na vida para me dedicar a isso.

GP: Qual foi o ponto de partida de sua carreira profissional?
Kiko: Foi quando o Mozart me indicou para fazer uma videoaula sobre guitarra rock, por volta de 1993. eu rea aluno dele, assim como tantos outros, e o Angra ainda estava gravando um demo.

Mozart Mello: Também teve a banda Clave de Sol. O Beto, vocalista, me procurou dizendo que o edu Ardanuy estava saindo e indiquei o Kiko. Ele foi profissional: tirou todas as músicas e foi fazer o teste. Não basta tocar bem, é preciso também postura profissional.
Kiko: Se o combinado é tocar determinadas músicas para um teste, você deve aprender as canções e não ficar naquelas de "damos um jeito no ensaio". Precisa ter disciplina. quando comecei a fazer aulas copm o Mozart, eu estudava para ser um profissional e não para ser famoso. Queria aprender de tudo um pouco, pois achava que seria necessário.

GP: Como organizava seus estudos?
Kiko: Eu já era metódico, mais acho que o estudo da guitarra me deixou ainda mais. Naquela época em que estudava bastante, entre meus 16 e 18 anos, eu dividia o meu tempo da semana para tentar incomporar todos os assuntos relacionados à música. Tem que ser organizado.

GP: Você consegue manter um ritmo hoje em dia?
Kiko: Tenho uma agenda que faz parte dessa organização. Sei os dias em que estarei em casa e os que não estarei, e assim consigo me programar para compor ou estudar. Você cria um hábito de estar sempre conectado ao aprendizado de música, seja lendo livros e revistas ou ouvindo e tocando. Sempre tento manter um violão por perto.

GP: Com uma agenda tão puxada, como encontra tempo para família e amigos?
Kiko: Tenho que me virar. em relação à família, dá-se um jeito. Mas, às vezes, fico meses sem sem ver ninguém da família. Meus pais, por exemplo, entram no Myspace para saber onde estou [risos]. Em relação aos amigos, você cria muita amizade na estrada, com músicos e a equipe das turnês.

GP: É você quem faz sua agenda?
Kiko: A agenda do Angra não, mas de meus workshops sim. Já tive pessoas me ajudando, mas no final das contas, sou eu que faço. Você precisa se dedicar a tudo o que acontece. Não é só tocar. Volta e meia, é preciso visitar os patrocinadores e saber das novidades, ou então visitar marcas de instrumentos ou a gravadora.

GP: Você se tornou um artista da guitarra. Isso foi algo planejado ou aconteceu naturalmente?
Kiko: Gosto de vários outros assuntos, como marketing e fotografia. Então, por exemplo, dou palpite no resultado das fotografias promocionais ou erclamo da cor usada na propaganda. Viro um cara chato, mas, no fundo, isso é cuidar da carreira. Não é nada forçado ou premeditado, é algo que gosto de fazer.

GP: Sua família apoiou sua decisão de deixar a faculdade de biologia da USP e de música na UNESP para se tornar músico?
Kiko: Já havia algumas coisas acontecendo: eu dava aulas, tinha feito a videoaula, o Angra... Não surgiu do nada. Meus pais me viam sempre muito dedicado. Minha família me apoiou pelo fato de pagar aulas desde de meus 11 anos. Mas, claro, havia sempre aquela coisa de ter que fazer uma faculdade, mesmo que de música.

GP: Em que guitarristas você se espelhava?
Kiko: Nunca fui de tirar nota por nota as músicas dos guitarristas que admirava. Não tinha muita paciência. Eu tirava algumas frases e procurava aprender os macetes deles. Não precisa aprender nota por nota, mais sim o estilo. Dessa maneira, a partir de algum momento, seu jeito de tocar começa a adquirir uma forma.

GP: Seu trabalho no Angra e seus projetos-solo são endereçados a públicos completamente distintos. Como encara isso?
Kiko: Já fui mais preocupado com isso. O Angra sempre teve certo pensamento libertário nesse sentido, e meu trabalho-solo tem cada vez mais. Acredito que o público é bem menos segmentário do que pensamos. As pessoas estão sempre abertas a boa música.

GP: E quanto às diferenças de performancede palco em situações tão distintas como estas?
Kiko: O Angra existe há tantos anos que nem penso nisso. É automático. Acredito que a parte de equipamento seja uma preocupação maior. Quando altero o estilo, tenho que buscar outro tipo de guitarra, encordoamento, timbragem, pedais etc.

Eu e o cabeça com o Kiko. Que chato hein!!!

GP: Fale dos euqipamentos que você tem usado.
Kiko: Faz tempo que eu uso guitarras Tagima, mas também experimentei modelos como Tele, Strato e de sete cordas, dependendo da necessidade. Nas gravações vario bastante de guitarra. Com o Angra, como estamos tocando um tom abaixo, uso .012. De palheta, uso a padrão de 1,14 mm. Em relação a efeitos, quando toco ao vivo com o Angra, uso delay, chorus e um pedal de distorção para boost. Na hora dos solos, conto com o técnico de som, que tem de conhecê-los, já que é ele que aumenta meu volume. No show do Neural Code, que é um trio, levo diversos pedais. Vira um laboratório de timbres porque, de repente, durante um solo de baixo, tenho de fazer a harmonia, e é quando dá pra fazer algo meio "espacial". Como só há bateria e guitarra, há muito espaço para você ouvir as idferenças de som.

Como de costume, vamos apreciar um video de nosso campeão!!!
Sucesso Kiko!!!